Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas participa de acolhida em universidade

O projeto contempla atualmente 57 escolas das redes públicas municipal e estadual, com ações para diminuir a vulnerabilidade de jovens e adolescentes que recebem orientações importantes sobre saúde sexual e reprodutiva e outros assuntos (álcool e outras drogas, diversidade), visando reduzir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DST), HIV/AIDS, além de ampliar a conscientização sobre diversos temas, reduzindo estigmas.

Rafael Ovando Fraiha, 21 anos, cursa o segundo ano de Farmácia e este ano inicia seu estágio no projeto. Ele defende que é fundamental que todos tenham conhecimento sobre saúde e prevenção a doenças. Eu pretendo passar o máximo de informação possível para os jovens e adolescentes, e passar de forma correta, pois muitos alunos nunca passaram por nenhuma experiência na vida, outros já conhecem e precisam se prevenir, completa.

Já a Professora Doutora Soraya Solon, do curso de Farmácia e coordenadora do Projeto SPE pela UFMS, destaca a importância da parceria entre todos os membros envolvidos. A seriedade que a equipe tem com o projeto e como se comprometem para o projeto acontecer é impressionante, nós só temos a agradecer a todos, ressalta.

A adesão dos professores de diversos cursos também foi destaque nas atividades do SPE na recepção aos calouros. Eles passaram pelo túnel das sensações, um dos métodos utilizados para o aprendizado dos alunos nas escolas.

Eu achei bem bolado, é um método muito interessante e uma forma eficiente de se trabalhar e deve contribuir principalmente para quebrar preconceitos, avalia o professor Otávio Froehlich, coordenador do curso de Biologia.

Responsável pelo projeto Saúde e Prevenção nas Escolas na Sesau, a psicóloga Léia Conche da Cunha destaca que é necessário incentivar a prática responsável e consciente do uso do preservativo nas relações e no acesso aos materiais de divulgação. A pretensão é atingir não só os alunos das escolas como os acadêmicos, porque vemos que muitos ainda não possuem o conhecimento adequado sobre as DST e prevenção.

Ao final da atividade, os participantes passaram por uma avaliação de conhecimento se os mesmos sabem a maneira correta da colocação do preservativo masculino, utilizando próteses como modelo. De 73 pessoas que passaram pelo teste, entre professores e acadêmicos, o índice de erro foi de 63, contra apenas 10 acertos.

Diante desse contexto, o pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, Valdir Souza Ferreira reforça que é um momento em que os acadêmicos que estão entrando na universidade recebem informações sobre muitas coisas, dentre elas saúde e prevenção. É uma iniciativa muito feliz e o fundamental seria que esta atividade acontecesse mais vezes durante o ano letivo, pois foi constatado que a informação não está chegando onde deveria e precisa ser replicada, defende.

Experiência

Atuante no projeto há dois anos e meio, Aline Menegasso, 23 anos, acadêmica do último ano de Psicologia, conta que os ganhos adquiridos com a participação no projeto foram muitos. Pra mim foi uma mudança radical, pois proporcionou formas interativas de conhecimento e de colocar o aluno em atividades práticas.

Ela ressalta que é notável a redução no índice de gravidez precoce e indesejada, das DST, bem como de violência e preconceito entre o público atingido. A questão da prevenção também oportuniza o trabalho com pessoas de muitos cursos, e isso é muito bom. É difícil não ver resultado, pois sempre funciona. No começo até algumas escolas demonstram resistência, mas depois não querem mais deixar o projeto. Isso é satisfatório, finaliza.

A iniciativa e execução de todos os trabalhos e ações realizadas são desenvolvidas pela Sesau, universidades e recebem também o apoio dos acadêmicos do PET Vigilância (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde).

Também esteve presente no evento a supervisora geral do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS, Luciana Caetano Rocha.<br style=