Os pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Mara Lisiane de Moraes dos Santos Barone e Albert Schiaveto de Souza representaram o Estado e a universidade, na última terça-feira, 4, em Brasília, durante a solenidade comemorativa aos dois anos do programa Mais Médicos.
O evento contou com a presença da presidente Dilma, governadores, prefeitos, parlamentares, universidades (reitores, docentes e estudantes), movimentos sociais e médicos do Programa.
Os ministérios da Saúde e da Educação, além de fazerem o balanço e a avaliação dos avanços e resultados do programa nesses dois anos, anunciaram mais medidas que implantam determinações da Lei 12.871 que criou o Mais Médicos.
Foram apresentadas pesquisas inéditas (entre elas algumas feitas por pesquisadores do Estado) focadas nestes dois anos de programa, entre outras medidas cujo objetivo é possibilitar que o SUS possa finalmente cumprir o princípio previsto na constituição de “ordenar a formação de recursos humanos na saúde”.
Balanço
Em seu discurso, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que houve aumento do número de consultas e redução da necessidade de internações, desde que o programa Mais Médicos foi implementado. O programa não foi criado só para aumentar o número de médicos, mas para garantir qualidade e humanização do atendimento, afirmou.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, também destacou a importância da humanização do atendimento. O médico precisa se transformar em um especialista em gente, afirmou Janine, citando o cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene.
Janine lembrou, ainda, que as áreas mais desenvolvidas do país estão nas capitais e no litoral e destacou a importância de levar médicos e educação ao interior do Brasil. Raros são os estados que têm o interior desenvolvido. Raros são os estados afastados do Oceano Atlântico que têm desenvolvimento avançado, disse.
O governo federal divulgou que, em dois anos de funcionamento, o programa levou 18.240 médicos a 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), beneficiando cerca de 63 milhões de pessoas.
Até 2017, a intenção do governo é criar 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com foco em áreas prioritárias para o SUS.
Bolsas de residência médica
O governo ainda anunciou no evento a criação de mais 3 mil bolsas de residência médica no país. Segundo o Ministério da Saúde, 75% dessas vagas são para ampliar a formação de médicos especialistas em medicina geral de família e comunidade.
Além disso, de acordo com a pasta, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade na oferta dessas bolsas para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões, segundo o Ministério da Saúde. A oferta de vagas faz parte do programa Mais Médicos, que também é voltado para o aumento e melhoria da formação médica.
Fonte: Revista Semana Online